Havíamos falado, com base em informações fornecidas pela própria Editora Abril, em franca crise financeira e de credibilidade, que a revista Playboy não somente continuaria, como manteria os ensaios de nudez, só que com musas menos badaladas e mais popularescas.
Mas a editora decidiu deixar de publicar a revista. Argumenta que faz parte de uma estratégia, mas muitas evidências mostram que é por crise mesmo. O Grupo Abril está reduzindo o seu tamanho, extinguindo publicações ou vendendo-as para outras editoras e empresas. Extinguiu a MTV brasileira para que a Viacom, dona da marca, ressuscitasse-a com outra proposta. Além de claro, demitir uma gigantesca quantidade de profissionais, vários profissionais consagrados.
A última edição com a Editora Abril será a de dezembro, ainda em negociação. A editora quer fechar com um ensaio marcante. Mas poderá não ser a última edição da revista, já que outras editoras já admitem interesse em comprar a marca. Uma está em negociações adiantadas.
De qualquer forma, acabando ou não, a revista não faz mais sentido no Brasil. Melhor que voltasse sem nus, mas com musas melhores. As siliconadas idolatradas pelo povão, únicas musas dispostas atualmente a fazer ensaios de nudez, não tem condições de devolver prestígio à revista que marcou a juventude de muitos garotos.
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